terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Milionários na contra mão

Deu no Wall Street Journal: milionários que se aventuraram investindo em hotéis de luxo levaram a pior. Entre esses big shot está o fundador da Dell Inc. Michael Dell. Ele associou-se, em 2006, à Rockpoint Capital LLC para adquirir o Four Seasons Hualalai, no Havaí. O fluxo do caixa do hotel de 243 UHs caiu de 20,6 milhões de dólares para US$7,9 milhões com uma queda na taxa de ocupação de 33 pontos ficando em 54% tx occ. Bill Gates, quem diria, também parece ter levado a pior em sua experiência na área de hospitalidade. Em 2007 a empresa de Gates juntou-se ao príncipe Saudita Alwaleed Bin Talal e adquiriu o Four Seasons Hotels & Resorts, uma marca que administra 82 hotéis de luxo pela bagatela de US$3,4 bilhões. A empresa contabiliza uma queda de 25% em sua taxa de ocupação e ainda por cima o investimento no Terranea Resort, em Palos Verdes, Califórnia, está sob ação judicial porque deixou de pagar o empréstimo logo após a inauguração, em julho deste ano. Esse empreendimento tem 582 UHs e sua dívida é de US$110 milhões. Esses milionários parecem não ter se dado conta de que as grandes marcas de hotéis vêm vendendo seu patrimônio há uns dez anos e se firmando na venda da marca e serviços de gestão. (by Valor Econômico)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Aviação decolando

Como aquele bichinho dos primórdios do vídeo game a WebJet, Azul e Oceanair foram comendo as fatias de mercado da TAM e da Gol entre 2008 e 2009, de acordo com dados da Anac. Essas três empresas acumularam, entre janeiro e novembro, 10,61 de participação no share das aéreas nacionais o que representa o dobro de seu mercado em 2008. Já a TAM caiu de 50,53% para 45,9% e a Gol de 42,3% para 42,31% no mesmo período. Isso representa um aumento de 38, 3,% na demanda por vôos domésticos em comparação com 2008. E isso não aconteceu por acaso. O que ocorreu foi a boa e velha concorrência alicerçada na descoberta de novos nichos que incluem segmentos de público e rotas alternativas. A Azul mantém ônibus para pegar passageiros em São Paulo e na região administrativa de Campinas com seus vôos de baixo preço saindo de Viracopos. Já a WebJet concorre mais de perto com a TAM, operando em Cumbica com baixas tarifas parceladas a longo prazo. A Oceanair atende destinos que por demanda menor foram ignorados pela TAM e Gol e que a companhia viabiliza através de escalas e tarifas em longo prazo. Para quem viu o atraso (e o prejuízo) que a Varig causou ao turismo nacional durante o tempo em que dominou sozinha e nababescamente o mercado da aviação civil brasileira essas notícias representam um avanço abissal.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Gas Station Brasil


Desde os primórdios da história os serviços de abastecimento ao viajor já existiam. Famílias serviam refeições para os viajantes, água e alimento para os seus animais. Esses serviços evoluiram com o tempo, óbviamente. Com a chegada do automóvel eles ganharam fôlego vendendo gasolina e, no meio do século vinte, agregaram valor ampliando para alimentação, conveniência, hospedagem etc. Os EUA, grande incentivador do transporte individual, fez disso quase uma regra, concentrando nos entrocamentos rodoviários diversos serviços para os viajantes. No mundo já informatizado, essas estações de gasolina se transformaram em mini centros de compras e serviços, incluindo aí os caixas eletrônicos. Nas cidades brasileiras é possível encontrar algo para comer, tomar ou comprar a qualquer hora da noite numa loja de conveniência de um posto de gasolina. Há dez anos começaram a surgir, tanto nas vias urbanas como nas rodovias, centros que oferecem farmárcia, banca de jornais, caixas eletrônicos, salão de beleza, pet shop, restaurantes e lanchonetes. Nas rodovias os banheiros desses postos oferecem fraldário e são absolutamente corretos na higiene. Já os cardápios podem aqui e ali merecer reparos. São equipamentos de hospitalidade e serviços que atendem também ao turismo. A grande diferença entre o Brasil e os EUA, é que aqui se vende bebida com alcool nesses PDV, o que é proibido. E as autoridade não fiscalizam. Uma tragédia...