quinta-feira, 21 de julho de 2011

Reflexões sobre o palavrão

1- Até a década de 1970, em plena ditadura militar, o uso de palavrões na literatura, no cinema e no teatro eram verdadeiros tabus. No teatro, foi missão de Plínio Marcos dar fim a essa bobagem e incorporar o palavreado próprio dos personagens e da época. Com os seus textos “Dois perdidos numa noite suja” e “Navalha na carne”, ele provocou muita polêmica à época. Desde então o teatro deixou de ter aquela linguagem casta dos textos antigos. O cinema e a TV, no entanto, se mantiveram mais “castos”. As legendas de filmes estadunidenses ou europeus traduziam castamente os xingamentos de "son of a bitch" como "bastardo" e “dane-se” para fuck you. A molecada ficava assanhada quando ouvia Jean Paul Belmondo dizer "Merde" e não viam legenda para traduzir aquilo. Hoje, no século 21, as novelas ainda mantêm essa linguagem casta em contraponto com as cenas de sexo que o público valoriza, hoje reforçadas pelas relações homossexuais. Tudo pode acontecer, mas não se pode falar “merda”, “foda-se” ou “filho da puta”. As novelas continuam se autocensurando e pondo na boca de seus personagens palavras absolutamente inverossímeis para as situações de conflito. Os seus personagens continuam falando “dane-se” e “aquele desgraçado”. Nem bandidão carioca fala “porra”, “Caralho” e outras preciosidades do baixo calão do português. E nos reality show? Sim, eles cortam os palavrões na edição, muito mais do que a fornicação que possa existir naquelas instalações. De onde vem esse puritanismo todo? É uma questão estética? Será que o grande público não sabe que nos filmes policiais estadunidenses os caras xingam o tempo todo e as legendas continuam “mornas”? Acho que isso tudo é uma grande besteira. Melhor a verossimilhança do linguajar chulo nos personagens que demandam essa característica do que ter que agüentar aquelas expressões chatas do mundo carioca que a Globo impõe ao país em suas novelas. Quando querem imitar nordestinos, paulistas ou gaúchos, os atores cariocas soam patéticos. Insisto que a questão me parece uma “opção estética” das TVs. Ontem, por exemplo, liguei a TV e lá estava o cara transando com a mulher no banheiro, numa cena convincente, bem feita. Se as crianças podem ver isso, qual o problema de ouvir os palavrões que estão nas suas ruas, nas suas escolas e, muitas vezes, em suas próprias casas?
2- Sempre há o outro lado da questão. Vejamos os textos de jornais e revistas. É claro que os autores escrevem sempre para o seu público num veículo que, supostamente, chega àquela parcela da população que se interessa por seus temas, por sua opinião e, portanto, pelas suas letras. Não são poucos os assinantes de veículos diários, semanais ou mensais que aguardam com alguma impaciência o artigo de seu cronista ou articulista preferido. Para alguns, aquilo que o sujeito escreve tem peso, às vezes sem uma análise mais criteriosa, sobretudo quando os seus escritos são de ordem política. Podemos tomar como exemplo a ira dos petistas contra o articulista Diogo Mainardi ou contra Arnaldo Jabor, muito embora esse último tenha defendido publicamente o José Dirceu, pouco antes do escândalo do mensalão. Da mesma maneira com que os radicais petistas odeiam esses escribas, os opositores dos “companheiros” aplaudem suas matérias. Em qualquer dos lados, sabemos, é preciso ter senso crítico e pesar um bocado o que se lê. Mas a questão aqui é o palavrão. O Jabor deu para usar nos últimos tempos “bosta” “merda”, “cagadas” e outras dessas palavras em seus textos. O mesmo já se deu com o sociólogo Roberto DaMatta. Uma vez num artigo no qual tratava do consumo de uísque, até me pareceu que ele escrevia meio “calibrado” pelo malte. Está aí um espaço no qual, me parece, não precisamos disso. Podemos manter o uso da norma culta sem essas expressões para esses leitores, por que não? Num país onde já se lê tão pouco, os textos dos periódicos são referência para que as pessoas exercitem a leitura e a compreensão dos textos. Ademais, é importante que esses leitores menos avisados percebam que um doublé de cineasta e jornalista como Jabor, ou um sociólogo como o DaMatta, são pessoas que podem falar muito de perto para o seu público sem todavia baixar no nível de sua linguagem.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Novelas: criatividade e share

Circulou pela imprensa a opinião da atriz Regina Duarte sobre a repetição dos temas das novelas. Sim, Regina Duarte, a antiga “namoradinha do Brasil” diz que hoje se fazem remakes e reprises das boas novelas e raramente surgem temas que sacodem o mercado. Ela relembra que são poucos os novos sucessos (bem feitos) como, por exemplo, “A favorita” (do autor José Manoel Carneiro e outros com direção de Roberto Naar) e a atual “Cordel Encantado”. Ela tem razão. Não conheço a “Cordel”, mas “A favorita” teve o mérito de ter grandes viradas de roteiro, poucos e densos personagens e trama complexa. Desse ponto de vista, aquela novela tinha mais cor de séries estadunidenses do que novelão latino. Mas La Duarte sabe que a escolha das novelas, seus temas e personagens não estão necessariamente ligados à arte. Acontece, às vezes, como no caso das séries do tipo “Hoje é dia de Maria”, numa perspectiva experimental, porque a emissora é ponta, tem gente de grande sensibilidade artística e vontade de realizar. As parcerias mais recentes que derivam do e para o cinema, são um exemplo do que se pode fazer de bom. Vide “A mulher invisível”, “Divã” e as mais antigas como “O auto da compadecida”.
A repetição de temas e personagens e daqueles núcleos que mostram o subúrbio carioca ou a suposta classe emergente carioca são os que de fato dão mais audiência. E é ali que a Globo investe. As novelas, como sabemos todos, são guiadas por permanentes pesquisas qualitativas pelos resultados de grupos focais e opinião do povão nas ruas. Não há nada pior do que os textos de Glória Perez com os seus indianos ou árabes em ponte aérea e tramas lineares, ridículas. No entanto é esse o padrão que aumenta o share no horário e, portanto, o valor das cotas de patrocínio. É assim e continuará sendo.
Para compensar esses horários, para aqueles que não têm paciência para novelas, existem experiências que se consagram como “A grande família” e outras séries. E a Globo se sai tão bem nelas como nas novelas.
Já tive a oportunidade de ver o sucesso das novelas globais agitando países como Cuba e Portugal e preenchendo horários, com novelas antigas, descoloridas e mostrando Betty Faria ainda mocinha e cheia de curvas na Alemanha. A Globo é boa nisso. E é boa porque se alimenta de pesquisas e as leva a sério. Os atores crescem e ganham com as novelas e então partem para “fazer arte” no teatro e no cinema. Graças ao dinheiro das novelas. Graças ao bom share que as novelas proporcionam à Globo.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Classificação Hoteleira. De novo.

O Ministério do Turismo publicou portaria estabelecendo sete categorias para definir o padrão dos hotéis: Hotel; Resort; Hotel Fazenda; Cama e Café; Hotel Histórico; Pousada e Flat. O governo pretende classificar seis mil deles. O que quer dizer isso? Quer dizer que, de olho nos eventos de 2014 e 2016, o país vai tentar, uma vez mais, diferenciar qualidade por decreto. Sempre se tentou isso, desde os anos 1970. Em vão.
Não deu certo por inúmeras razões, mas, para ficar em duas delas, podemos lembrar que havia exigências demais (como sempre no Brasil nada é esquecido na Lei. Já na prática...) e fiscalização de menos. Até que um dia, já no final dos anos 80, definiu-se, por absoluto abandono do assunto, que a classificação poderia ser feita através de associações corporativas, o que também não vingou. Então ficamos assim. Sem nada. Sim, porque houve momentos para tudo, inclusive o credenciamento dos profissionais que poderiam fazer a análise do estabelecimento para classificá-lo e também supervisioná-lo, sem prévio aviso, visando manter a classificação. Nada também.
O fato é que hotéis, como outros negócios de prestação de serviços, são definidos pelo que oferecem e pelos que o compram. É assim que funciona a grande arena do mercado. Não existem milagres.
É óbvio que um modelo internacional de classificação nos ajuda saber o que vamos encontrar naquele estabelecimento e por volta de quanto vamos pagar. Mas o benefício pára por aí. Ao longo do tempo ouvi de muitos proprietários e gestores queixas sobre as exigências que acabavam descumpridas por absoluta falta de demanda: telefonista bilíngüe, Coffee shop separado do salão de restaurante e outros detalhes de instalações ou serviços que nem sempre se mostram viáveis em algumas regiões.
Nessa segunda década do ano dois mil os hotéis brasileiros vão bem. Os conceitos importados com as bandeiras estrangeiras arejaram a hotelaria familiar. Mas ainda há muito por fazer. Alguns preços praticados continuam altos na relação custo/benefício. A qualidade dos serviços é sempre uma interrogação, quanto mais nos distanciamos das regiões Sudeste e Sul. Marcas novas no mercado foram ganhando notoriedade e boa demanda. O brasileiro aprendeu a comprar serviços mais baratos com menos “suposto luxo” e mais comodidade e conforto honesto. É uma lei de mercado: preferimos pagar só por aquilo que vamos realmente usufruir. E assim os hotéis econômicos ganharam espaço. E são irreversíveis.
Os resorts também têm o seu espaço, depois que as tarifas aéreas ficaram competitivas. E terão ainda maior demanda à medida que o Governo Federal for concedendo a gestão das estradas federais à iniciativa privada. Depois dos aeroportos, e marcando a gestão “mais aberta” de Dilma, as estradas serão concedidas rapidamente, acredito.
Mas o que importa mesmo para o contribuinte e para o turista é que eles tenham um serviço decente pelo preço que podem pagar. Mesmo quando podem pagar muito. Com exceção de novos ricos que gostam de mostrar que ficam nos hotéis caríssimos no eixo Rio/São Paulo, aqueles que conhecem a hotelaria internacional e o valor de seu dinheiro, fazem opções mais modestas quando sabem que o serviço pode ser mais garantido e, portanto, confiável.
O maior percentual de visitantes estrangeiros nos eventos próximos tem interesse em viajar e conhecer o interior do país ou seus atrativos mais famosos. Certamente não virão atrás de hotéis caros e luxuosos. Estradas e aeroportos serão muito mais importantes para eles.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

VITRINE

Lojistas estadunidenses estão investindo em novos modelos de manequins para exibir suas roupas nas vitrines. De acordo com Stephanie Clifford, do NYT, essas ações têm a ver também com a lenta recuperação econômica do país de Barak Obama. Para alguns gestores do varejo de confecções, o cliente escolha a roupa, já a partir do manequim. Nessa perspectiva uma loja passou a fabricar seus manequins sobre fotos de celebridades que freqüentam o tapete vermelho. Esses novos manequins têm as orelhas furadas para brincos, dedos articulados para anéis e pés que flexionam para ajuste dos sapatos de salto.
Partindo do pressuposto de que os clientes só entram na loja porque viram algo muito interessante na vitrine, a cadeia Disney Stores adicionou figurinos de meninos que voam do teto e meninas que fazem reverência. A Nike, por exemplo, mostra manequins em trinta e cinco poses atléticas e a Ralph Lauren, em Manhattan expõe manequins com o rosto da modelo Yasmin Le Bon.
Vitrines sempre foram um apelo final ao consumidor, do ponto de vista de sua decisão por entrar na loja e, portanto, consumir seus produtos. As roupas devem ser mostradas com algum apelo e os seus preços devem ser claros. Até os anos 80, no Brasil, vitrinismo era um curso bastante procurado entre os profissionalizantes. Lembro-me de que nos anos 1970 o SENAC de São Paulo corria para atender a demanda das lojas do único shopping da cidade e de ruas emergentes como a João Cachoeira, por exemplo. Nos anos 90 isso já fora esquecido. O efeito do crescimento da oferta parece ter revertido essa tendência. Hoje é preciso diferenciar.
De acordo com o NYT, a empresa Fusion Specialties, do Colorado, passou a trabalhar com produtos customizados e aumentou em 42% as suas vendas. Um dos clientes da empresa adotou como modelo a atleta Danielle Halverson, que treina para as Olimpíadas. A Fusion Specialties escaneou digitalmente Danielle imóvel e se exercitando. Depois, escultores criaram um modelo de argila a partir da cópia e chegaram a delinear até mesmo os nervos de seus músculos. Na versão pronta o manequim recebeu o nome de Daniquin e não terá cabeça, “para que os clientes não se preocupem com esses detalhes em seu próprio corpo”, segundo a CEO da rede varejista que encomendou o trabalho.
O uso de manequins na vitrine surgiu a partir dos anos 20 e só nos anos 60 eles ganharam os mamilos e articulações nos braços e pernas. Nos anos 80, perderam força no uso pelas lojas. Pelo visto, parece que está voltando com força. Para Michael Stewart, vice-presidente da Rootstein USA, que fabrica manequins para diversas marcas famosas, “nada vende mais uma roupa do que o manequim: é uma mensagem subliminar da loja, a primeira coisa que o cliente vê na vitrine ou quando entra numa loja de departamentos”.
A conferir.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Antigomobilismo

Os restauradores de carros antigos têm nessa atividade mais do que um hobby. Tratam do assunto com a seriedade que ele merece: pesquisam, via Web ou pessoalmente, diferentes regiões do país e do mundo em busca de peças e acessórios para reconstituir suas máquinas favoritas. Grande parte deles é focada em uma determinada marca, sem demérito para aqueles que são multimarcas nesse negócio. Sim, negócio. Um carro depois de restaurado, e não há como precificar com exatidão o tempo e as negociações gastas em cada processo de restauro, pode valer muito mais do que um desses carrões hitech do ano. Um conhecido meu disse estar se especializando na formação de mecânicos nessa área. Sim, diz ele, porque não se trata de mecânico lato sensu, não. São mesmo restauradores e ao longo de sua experiência podem adquirir o status desse pessoal que fica nos andaimes resgatando afrescos da Idade Média nas catedrais. Vá lá, pode ser exagero. Mas ele tem razão. Não serão eles mecânicos como os demais.
Paul Willian Gregson, por exemplo, de meu aluno a colega na docência e no mundo da hospitalidade e do turismo, tem no sangue esse negócio. Seu pai, um inglês que fixou residência no Brasil lá em meados do século vinte, pegou gosto pelo Maverick. E o Paul foi atrás. Uma vez, dando aulas em Itú,São Paulo, foi fuçar um ferro velho e encontrou uma daquelas station wagon fabricadas com a carroceria do Maverick no Brasil. Estava lá, enfiada na terra, apodrecendo. Ele comprou e me explicou que era uma série na qual só produziram cento e vinte unidades. Reformou o veículo inteiro recorrendo a diferentes países. E o negocio ficou um luxo com o toca fitas original, ar condicionado original e aquela direção mole, também original. Preço? Difícil estimar, mas tem mercado. É um gosto e há quem pague.
Mais centrado no Estado de São Paulo, o antigomobilismo tem apreciadores, praticantes e seguidores em várias outras regiões o país. Suas reuniões e exposições geram sempre uma demanda turística interessante para os destinos que os acolhem e ainda enchem os olhos dos visitantes desavisados que dão de cara com as coleções tão bem cuidadas.
Esses colecionadores com suas máquinas curtem isso em cada detalhe. Com seus carros eles participam de filmes e novelas de época, carregam noivos na cidade de São Paulo e seguem pacientemente os caminhões cegonheiros para seus eventos, estimulando o turismo.
Toda essa conversa é porque dei de cara com três diferentes tipos de Aero Willys dentro do Conjunto Nacional, em São Paulo. Estão lá, ao lado de uma exposição de fotos anunciando o lançamento do livro "Aero Willys, o Carro que Marcou Época”, escrito por Rogério de Simone e José Penteado Vignoli. Para a geração Y: Trata-se de modelo sedã de grande porte fabricado no Brasil entre 1960 e 1971. O Aero Willys destaca-se como um dos pioneiros da indústria automobilística brasileira e teve, na sua composição, muitas peças do jeep Willys que, à época, era fabricado também pela Willys Overland do Brasil.

sábado, 4 de junho de 2011

O bom do Boom

No começo dos anos 1990 eu era palestrante numa reunião de agentes de viagem do interior do Estado de São Paulo, em Ribeirão Preto, e falava sobre o que eu entendia como um nicho de mercado inexplorado que era promover o contra fluxo interior/litoral, levando turistas de São Paulo e Santos, por exemplo, para visitarem as cidades do interior. Eu dizia da importância de se mostrar as grandes fazendas, o famoso bar Pingüim e outros atrativos. Um dos presentes aparteou e disse que aquilo era complicado e que ele ganhava muito mais e sem esforço vendendo dois bilhetes ponto a ponto por ano, São Paulo/Lisboa, para o dono da padaria onde comprava todos os dias. O que diria esse mesmo agente em tempos d´agora?
Quando a Varig, um rebento espúrio do regime militar, dominava os céus do país e fazia da aviação um transporte para ricos, a cabeça dos agentes era daquele jeito. Hoje, quando os preços se ajustam melhor à realidade (o governo, oportunista, diz que a renda aumentou) todos podem viajar de avião. O que faz isso é a economia sem inflação, a concorrência nesse mercado, e a necessidade do ganho em escala. Esses eram fatores que a Varig desconhecia e morreu quando foi fatalmente contaminada pela concorrência de um mercado desregulado. Tomou.
O turismo brasileiro no século 21 entrou no modelo estadunidense, com o mercado doméstico aberto à classe C/D. Que bom para a economia! E para os agentes de viagem que souberam aproveitar essa boa mudança. A margem de contribuição mudou. Agora é preciso vender.
E muito.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Exposição boa?

Sou fã de Gisele Büdchen. Poucos homens não o são. Para além de bela, gosto do seu jeito ajuizado e empreendedor. Ficou rica, é simples e poderosa ao mesmo tempo. Teve nos braços o Leonardo Di Caprio quando a meninada se babava por ele. Casou, teve filho e está chegando à aposentadoria. Já lançou suas marcas, além de participar do licenciamento de outras.
Nos últimos meses, no entanto, a tenho visto com freqüência em mensagens as mais diferentes. É uma dona de casa que recebe o marido com um abraço meio sem tempero porque o sujeito está mais interessado na TV do que naquela mulher ao cubo. Abro o jornal e ela anuncia jóias de uma casa brasileira. Apareceu lançando sua própria linha de roupas numa loja de departamentos, mostra sandálias e o que mais?
La Büdchen é uma figura bela e incansável aos olhos de todos nós. Mas parece estar desgastando um pouco acima do necessário a sua imagem nesse começo de década. E ela não precisa disso.
PS: no dia do lançamento de sua coleção, ela apareceu numa vitrine de um shopping de luxo. Depois, um repórter conseguiu um close no seu pé. Perfeito. Absolutamente perfeito.