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terça-feira, 24 de novembro de 2009
Turismo e o mercado de Shows
O mercado de shows musicais no Brasil é grande. Só perde para os Estados unidos. Os campeões são os sertanejos, seguidos de axé e rock. Todos os dias em algum lugar do país acontece um show em algum lugar entupido de gente que paga em média trinta reais para ver de longe o seu artista e visualizar um pouco, só um pouco mesmo, aquela imagem nos telões. O calendário das Festas do Peão é disputado por comerciantes itinerantes e locais. São quase duzentas festas do gênero, a maioria com o foco voltado para atrativos de lazer: parques de diversões e barracas de comidas. Com duração de dez dias, esses eventos chegam a receber 250 mil pessoas, contadas nas catracas (Barretos e Jaguariúna são fora de concurso e recebem muito mais). A atração maior desses eventos são mesmo os shows programados. Muitos prefeitos de pequenas cidades são avaliados por seus eleitores pelos artistas que conseguem trazer para as suas festas, sempre em parceria com algum promotor da iniciativa. Esses shows movimentam a população do entorno das cidades onde são realizados. O público médio gira em torno de dezoito mil pessoas por espetáculo e mais de 50% dele provem das cidades do entorno. Numa estimativa conservadora vamos supor que cada um que assista ao espetáculo gaste quinze reais em média, descontado o ingresso. São 270 mil reais que aquele comércio fatura numa noite. Se considerarmos as 220 mil pessoas com essa média de gasto, teremos 3,3 milhões só nesses gastos simples. A imprensa local se movimenta, os hotéis recebem os profissionais e aqueles que vêm para assistir o espetáculo. São faces de um turismo que nem sempre é lembrado.
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