terça-feira, 8 de junho de 2010

Hotéis: cai o luxo

Deu no The Wall Street Journal (via Valor): a rede Four Seasons Hotels & Resorts vai reduzir custos nos seus luxuosos hotéis. Na verdade a pressão vem dos proprietários dos imóveis que têm a marca contratada já que a FSH&R não possui mais hotéis desde que começou a vendê-los nos anos 1980. Hoje são 82 hotéis no mundo sustentando essa cara marca criada em 1961 pelo fundador da rede Isadore Sharp. Em 2009 a taxa de ocupação desses hotéis teria ficado em 57% e a receita por quarto disponível caído 26%. Com uma diária média de US$400, boa parte dos estabelecimentos que ostentam a marca não consegue um bom GOP. Discussões e tensões entre estabelecimentos e marcas administradoras são comuns e depois da crise de 2008, ficaram mais freqüentes. A Four Seasons tem um padrão de luxo como flores frescas todos os dias nos vasos das áreas comuns e nas UH e camareiras que repassam as unidades a cada saída do hóspede independente da arrumação diária. Pois esse luxo vem sendo considerado desnecessário pelos proprietários e acionistas e hoje a rede diminui seu quadro de pessoal dando aos que ficam um treinamento para polivalência e flexibilidade em sua atuação, uma receita de há muito conhecida em toda a indústria hoteleira. A Four Seasons tem hoje novos donos e o fundador, embora seja o Chairman, tem apenas 10% dos negócios. O restante é dividido entre o príncipe saudita Alwaleed Bin Talal que detém 45% e a Cascade Investiment LLC, que pertence a Bill Gates, conforme já tratamos aqui neste Blog. O uso da marca e o modelo de gestão dão a Four Seasons uma taxa aproximada de 3,5% da receita dos hotéis e o valor dos 45% do príncipe saudita foi anunciado à época (2006) em 3,7 bilhões.

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